O desenvolvimento do desporto amador passa pelo reforço do movimento associativo, atribuindo-lhe autonomia económico-financeira, capacidade de decisão e compensação adequada aos seus servidores, isto é: o caminhar para a profissionalização das instâncias intermédias – Associações e Federações.
Milhares de voluntários por esse País fora, substituem-se ao Estado e garantem, graciosamente, a prática desportiva regular, sacrificando horas e horas do seu descanso, raramente vendo reconhecido o seu trabalho em prol da integração da juventude na sociedade contribuindo, com o seu denodado esforço, no combate aos maléficos da contemporaneidade: droga, prostituição, alcoolismo, etc.
Concretamente, os problemas da Patinagem são os que se prendem com o factor económico. Material caro. Escassez de espaços. Uma das formas de aliviar a pressão material seria a de criar incentivos fiscais à aquisição material desportivo.
A utilização de dinheiros públicos na construção de espaços próprios para a prática da Patinagem, apesar do protocolo existente entre o Estado e a Federação continua muito aquém das expectativas legitimamente criadas, pois assiste-se ao proliferar, um pouco por toda a parte, à edificação de polidesportivos cujo piso não se adequa ao deslizar dos patins. É necessário reverter esta situação.
Sem espaços apropriados será sempre uma tarefa de Hércules a evolução desejada por todos. A modalidade que mais se identifica com o espírito português e, sobretudo, aquela que mais alegrias nos tem dado é uma das que menor consideração merece dos organismos oficiais.
Não sendo apenas um problema específico da Patinagem, os horários escolares também têm corporizado um sério obstáculo a um aperfeiçoamento mais rápido e consentâneo com os objectivos dos responsáveis. Não é possível manter uma elevada participação académica com resultados positivos e, concomitantemente, atingir uma craveira desportiva de topo, entre a população estudantil, afinal a grande fonte de recrutamento do praticante desportivo, se não se encarar de frente a possibilidade de conjugar, cientificamente, os três tempos: o do estudo, o do desporto e o do lazer.
Mesmo assim, o presente da Patinagem na área de jurisdição da Associação de Patinagem de porto, mostra-se um presente, não eivado de espinhos, mas propenso ao desenvolvimento graças ao trabalho de base levado a cabo nos Clubes, verdadeiros baluartes e referências inestimáveis do optimismo que assola o panorama a nível distrital identificado com o redimensionar e o aumentar dos espaços disponíveis, tornando-os mais acolhedores, o tentar criar condições ideais para o futuro.
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